Através da microscopia eletrônica, o interior celular aparece com uma matriz de textura variada, sem, no entanto, conter estruturas internas organizadas.

As bactérias são pequenas e podem multiplicar-se com rapidez, simplesmente se dividindo por fissão binária.
Quando o alimento é farto, "a sobrevivência dos mais capazes" em geral significa a sobrevivência daqueles que se dividem mais rapidamente. Em condições adequadas, uma simples célula procariótica pode dividir-se a cada 20 minutos, dando origem a 5 bilhões de células ( número aproximadamente igual à população humana da terra) em pouco menos de 11 horas.
À habilidade em dividir-se de maneira rápida possibilita populações de bactérias a se adaptar às mudanças de ambiente. Sob condições de laboratório por exemplo, uma população de bactérias mantida em uma dorna evolui dentro de poucas semanas por mutações de seleção natural para utilização de novos tipos de açúcares como fonte de carbono e de energia.
Na natureza, as bactérias vivem em uma enorme variedade de nichos ecológicos e mostram uma riqueza correspondente na sua composição bioquímica básica. Dois grupos de bactérias distantemente relacionados são reconhecidos:
- As eubactérias, que são os tipos comuns encontrados na água, solo e organismos vivos maiores.
- As arquibactérias, que são encontradas em ambientes realmente inóspitos, como os pântanos, fontes termais, fundo do oceano, salinas, vulcões, fonte ácidas, etc.
Existem espécies bacterianas que utilizam virtualmente qualquer tipo de moléculas orgânicas como alimento, incluindo açúcares, aminoácidos, gorduras, hidrocarbonetos, polipeptídeos e polissacarídeos. Algumas podem também obter seus átomos de carbono do gás carbônico e o seu nitrogênio do N2.
Apesar de sua relativa simplicidade, as bactérias são os mais antigos seres que se tem notícias e também são os mais abundantes habitantes da terra.

Eletromicrofia eletrônica de uma colônia de E. coli
As bactérias podem ser classificadas, quanto a sua fórmula, em três grupos básicos:
- Cocos, que são células esféricas que quando agrupadas aos pares recebem o nome de diplococos. Quando o agrupamento constitui uma cadeia de cocos estes são denominados estreptococos. Cocos em grupos irregulares, lembrando cachos de uva recebem a designação de estafilococos.
- Bacilos, são células cilíndricas, em forma de bastonetes, em geral se apresentam como células isoladas porém, ocasionalmente, pode-se observar bacilos aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (streptobacilos).
- Espirilos são células espiraladas e geralmente se apresentam como células isoladas.


Esta é uma eletromicrografia eletrônica de um gram-negativo, o Campylobacter que é um importante patógeno intestinal







A formação do endósporo se inicia pelo desenvolvimento de um septo assimétrico que divide a célula em dois compartimentos, onde o maior deles será o responsável pelo fornecimento de nutrientes para o esporo em desenvolvimento. O septo formado migra em direção ao pólo anterior da célula bacteriana e engolfa o protoplasma contido no menor compartimento, originando uma estrutura livre, delimitada por uma membrana dupla e entre elas se inicia a deposição de materiais semelhantes aos que compõe a parede celular. A seguir se deposita a capa externa e ocorre a lise da “célula mãe”, com a liberação do endósporo formado. Em Bacillus subtilis este processo demora cerca de 8 h. Em condições favoráveis para sua germinação, o protoplasma do endósporo reidrata novamente, a capa externa se rompe e a “célula nascente” é liberada. Como as bactérias fitopatogênicas mais importantes não são capazes de formar endósporo (gêneros: Agrobacterium, Clavibacter, Erwinia, Pseudomonas, Ralstonia e Xanthomonas), utilizam estratégias diferentes para sua sobrevivência na ausência da planta hospedeira, ou seja, sem estar na fase patogênica (causando doença). Podem portanto sobreviver em fase: